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Bancos têm de reforçar medidas de proteção à saúde mental

Levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), feito com base em dados da Previdência Social, revela que, entre 2012 e 2017, os bancos foram responsáveis por 15% dos afastamentos por problema mental.

Quando o recorte é feito por doença, o estudo mostra que 16% das licenças concedidas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foram decorrentes da depressão. Com a pandemia do coronavírus e o aumento das cobranças por metas e do assédio moral, o cenário certamente está mais grave e outra pesquisa do Dieese deixa pistas. O índice de bancários com medo de serem esquecidos ou dispensados do trabalho chega a 56,8% e 65,4% declararam sofrer de ansiedade.

Os dados preliminares do estudo sobre sequelas da Covid-19, feito pela Unicamp (Universidade de Campinas), também ligam o alerta. Entre os bancários entrevistados, 45% disseram não se sentir alegre e 67,1% afirmaram que andam com a cabeça cheia de preocupação. Boa parte referente ao trabalho.

A pesquisadora Llorens Serrano, da Universidade Autônoma de Barcelona e do Instituto Sindical de Trabalho, Ambiente e Saúde, chama atenção para o ambiente de trabalho. Uma revisão de 72 estudos mundiais revela que quando se trabalha em condições precárias e com baixo poder de decisão sobre as tarefas, a possibilidade de cair em depressão é de 77%. Se a insegurança trabalhista é elevada, o caso dos trabalhadores brasileiros, a probabilidade é de 71% e de 77% no caso de ansiedade.

Os estudos não deixam dúvidas. Os bancos precisam, com urgência, cuidar da saúde mental dos empregados, oferecendo um ambiente de trabalho mais leve, sem pressão e assédio moral.

Redação AGECEF/BA

 

 

 

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