Saúde Caixa: mantido princípio da solidariedade

Foram meses de negociações. A Caixa tentou travar os debates e impor mudanças para o plano de saúde que pesariam mais no bolso dos empregados. Mas, depois de muito vai e vem, finalmente aceitou, em reunião realizada nesta quarta-feira (13/10), a proposta para a gestão e modelo de custeio da assistência médica, que mantém o princípio de solidariedade.

Trocando em miúdos, está garantida a proporção 70/30 - 70% de contribuição da Caixa e os demais 30% dos empregados. Também está mantida a contribuição de 0,4% por dependente, limitada a 0,8%. Quer dizer, mesmo que o usuário tenha mais de dois dependentes, a contribuição não passará de 0,8%.

Para dar conta da inflação médica, mais alta do que outros índices, e da queda na arrecadação, em decorrência da falta de contratação, a proposta prevê o pagamento de uma mensalidade nos mesmos valores e composição atuais (3,5%) sobre o 13º salário de cada participante. Essa foi a solução encontrada para que o reajuste pese o mínimo possível para todos. Outra mudança é o limite de coparticipação por ano, hoje em R$ 2,4 mil. Pela proposta, a partir de janeiro, passa a R$ 3,6 mil.

Para evitar a necessidade de contribuições extraordinárias dos empregados até 2023, quando deve haver novas negociações sobre o convênio, o fundo de reserva do Saúde Caixa, atualmente em mais de R$ 400 milhões, deve ser usado. Importante destacar que o banco determinou, por meio do estatuto, um limite de contribuição para a assistência médica de 6,5% da folha de pagamento. A previsão é de que em 2022 o limite seja alcançado, o que poderia gerar cobranças adicionais.

A proposta, fruto de debates entre o GT Saúde Caixa e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE Caixa), teve por base as informações da administração do plano, como planilhas de custo e investimentos e contou ainda com estudos de uma empresa atuarial contratada pelas entidades representativas. Agora, deve ser avaliada pelos empregados do banco em todo o país, em assembleias que devem acontecer em breve.

Redação AGECEF/BA