Caixa precisa cumprir a palavra e contratar

A direção da Caixa precisa cumprir com a palavra e convocar, urgentemente, os 3 mil concursados de 2014, conforme havia dito o presidente da empresa, Pedro Guimarães. A sobrecarga de trabalho é de enlouquecer. Seja nas agências ou no home office. Ninguém aguenta mais tanta pressão.

As convocações foram prometidas em 19 de julho. Um mês depois, o Ministério da Economia autorizou a ampliação do quadro de pessoal do banco. Hoje, o déficit de empregados chega a, aproximadamente, 20 mil. Já o número de clientes não para de subir.

Importante destacar que o banco vai realizar concurso no fim deste mês para preencher 1 mil vagas destinadas a pessoas com deficiência (PCDs). A inciativa é super bem vista, pois também cumpre determinação da lei. No entanto, insuficiente. É preciso que as contratações de concursados também sejam efetivamente realizadas e de forma célere, sob o risco de se comprometer a assistência à população.

A portaria publicada pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Ministério da Economia, em 19 de agosto, aumenta a possibilidade de ampliar o quadro de pessoal do banco, de 84.544 para 87.544.

Conforme o artigo 3º da normativa, “compete à empresa [Caixa] gerenciar o seu quadro de pessoal próprio, praticando atos de gestão para contratar ou desligar empregados, desde que observado o limite estabelecido no Art. 1º [87.544 trabalhadores], as dotações orçamentárias aprovadas para cada exercício bem como as demais normas legais pertinentes”. Número ainda muito baixo.

Um estudo feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), mostra que, em cinco anos (de 2015 a 2020), houve uma redução de 14.866 postos de trabalho na Caixa. De acordo com o levantamento, entre 2018 e o primeiro trimestre deste ano, o número de clientes por trabalhador da Caixa subiu de 1.070 para 1.775, aumento de 65%.

No período analisado, a instituição financeira saiu de 90,9 milhões de clientes para 145,4 milhões: aumento de 60%. Os dados comprovam a situação crítica na empresa.

Redação AGECEF/BA