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Prioridade é proteger os bancos públicos, o emprego e a saúde

Embora este ano não tenha campanha salarial, os bancários estão permanentemente em negociação com os bancos para proteger os direitos. Portanto, ouvir o que cada trabalhador passa no local de trabalho e conhecer o atual cenário econômico e político nacional, sobretudo diante da pandemia, são essenciais para chegar o mais próximo possível da realidade e cobrar das empresas nas mesas permanentes.

A atual conjuntura é bem difícil. O governo federal tem como uma das prioridades a privatização das empresas públicas, inclusive os bancos. Por isso, a Caixa passa por desmonte e tem subsidiárias rentáveis vendidas. Os direitos também estão em risco. As mudanças na CLT, promovidas pela reforma trabalhista, acabaram com mais de 100 conquistas dos trabalhadores e isso também atinge os bancários.

Paralelamente, os bancos promovem reestruturações tecnológicas que têm como foco o corte de pessoal e o fechamento de agências. No ano passado, em plena crise sanitária, fecharam mais de 10 mil postos de trabalho. Desde 2013 foram eliminadas 82.698 vagas no setor. A Caixa perdeu cerca de 20 mil empregados desde 2014. E o quadro não é reposto. A forma de cobrança também mudou, para muito pior. Além de absorver o trabalho dos colegas desligados, os bancários têm de lidar diariamente com a pressão para bater metas desumanas. O cenário é de tensão e terror. Muitos não aguentam e terminam doentes. Não é à toa que o índice de afastamento por problemas psicológicos cresce na categoria.

Diante do quadro, os bancários da Bahia e Sergipe definiram, durante Conferência, realizada no sábado (31/07), por meio de videoconferência em decorrência da pandemia, defender a manutenção dos direitos e dos empregos e um ambiente de trabalho saudável e a democracia. Também são contra a venda do patrimônio nacional, o que inclui a preservação dos bancos públicos, fundamentais para a retomada do crescimento nacional no pós crise.

Durante exposição sobre a conjuntura nacional, o presidente do Sindicato, Augusto Vasconcelos, ainda lembrou que algumas nações do mundo aprendem com a pandemia e estão reestatizando empresas para conseguir passar pela crise econômica - mais de 800 estão voltando para as mãos do Estado. Já o ultraliberalismo imposto no Brasil com o governo Temer e aprofundado com Bolsonaro faz o caminho contrário: quer entregar tudo o que puder. Uma política que vai aumentar ainda mais as desigualdades sociais.

Ele lembrou que o país vive um processo acelerado de desindustrialização. Centenas de fábricas são fechadas. Paralelamente, milhões de famílias voltaram à pobreza e mais de 20 milhões de brasileiros passam fome. "Se depender do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente Jair Bolsonaro, o país vai vender todas as empresas públicas e a situação vai piorar. Essa fórmula é uma bomba relógio que explode no colo de todos os brasileiros", concluiu.

Redação AGECEF/BA

 

 

 

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