Notícias

Governo ignora pedido de inclusão dos bancários no PNI

O Comando Nacional dos Bancários solicita a inclusão da categoria no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19 desde dezembro do ano passado, quando diversos países do mundo iniciaram a campanha de vacinação. Passados quase seis meses, os trabalhadores, que não pararam durante a pandemia, ainda aguardam uma resposta do Ministério da Saúde, que ignora os apelos da categoria.

Em todo o país, os bancários estão mobilizados, em conversa com os governos estaduais, municipais e também com parlamentares. Na Bahia, a AGECEF solicitou uma reunião com o secretário Estadual da Saúde, para pedir a inclusão dos empregados da Caixa no grupo prioritário.

Os trabalhadores estão altamente expostos ao vírus. Além de trabalharem o dia todo em um ambiente fechado, atendem milhares de pessoas que vão atrás do auxílio emergencial e de outros benefícios. Para se ter ideia, neste ano, quase 46 milhões de brasileiros foram contemplados com a nova rodada do auxílio emergencial.

Em reunião na semana passada com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), o Comando dos Bancários foi informado que as empresas também já fizeram a solicitação ao governo. Paralelamente, os representantes dos trabalhadores enviaram ofício ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, pedindo também apoio.

É fundamental neste momento vacinar os trabalhadores, que estão na linha de frente para atender a economia e a população em geral. Importante destacar que em todos os estados, o número de casos de Covid-19 tem apresentado alta, sobretudo por conta da lentidão na vacinação e da falta de uma campanha nacional que incentive o distanciamento social e o uso de máscaras. Especialistas inclusive já alertam para os riscos de uma terceira onda da doença no país.

Deputados também pediram inclusão

A luta dos bancários tem apoio também no Congresso Nacional. Em março, na emenda 24, o deputado Pedro Uczai (PT/SC) solicitou a inclusão de toda a categoria na lista de prioridades do PNI. Segundo o texto, a vacinação vai contribuir para diminuir a disseminação do vírus. E citou o trabalho dos empregados da Caixa durante o pagamento de benefícios para conter a crise causada pela pandemia, atendendo 120 milhões de brasileiros.

“Somam-se a isso as demandas cotidianas do banco público, que é também o responsável pela administração do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e de programas sociais que atingem uma grande massa populacional, atividades essenciais para a sobrevivência da população”, diz o documento.

Na emenda 25, apresentada pelo deputado Luiz Carlos Motta (PL/SP), o texto enfatiza que a vacinação dos bancários também é uma medida para proteger a população. “No momento em que temos tido notícias de colapso no sistema de saúde e medidas restritivas de circulação de pessoas no país e isso proporcionará para a população o recebimento das novas parcelas do auxílio emergencial de forma segura e organizada”.

O deputado Tadeu Alencar (PSB/PE) justificou o pedido em função do atendimento presencial dos empregados durante o pagamento do auxílio emergencial e de outros programas de enfrentamento à crise causada pela pandemia. “Essa exposição, naturalmente, caracteriza a atividade dos profissionais responsáveis pelo atendimento ao público como uma atividade de risco. De fato, como noticiado, o número de contaminação dos funcionários foi elevado e motivo imediato de preocupação para suas saúdes e para o bom funcionamento da política pública de socorro financeiro à população”.

Redação AGECEF/BA

 

 

 

Siga a AGECEF-BA nas redes sociais - instagram@agecefbahia e facebook.com/agecef.gestaoba

           

     

     
 
 

Fortaleça sua entidade, associe-se. Os Gestores associados AGECEF/BA recebem diversos benefícios, que podem ser verificados aqui no site e/ou contactando a AGECEF/BA por telefone.