Notícias

Audiência na Câmara Federal denuncia privatização da Caixa

A política de desmonte praticada atualmente contra a Caixa, o único banco 100% público do país, foi um dos pontos principais discutidos em audiência pública, realizada pela Câmara Federal, na tarde desta quinta-feira (13/05). Os representantes dos empregados denunciaram a privatização da empresa, por meio da venda das subsidiárias.

Como o Supremo Tribunal Federal (STF) proíbe a venda da empresa principal, o governo vem criando subsidiárias nas estatais e, sem discussão no Congresso Nacional, abre o capital. É o caso da Caixa Seguridade. Desta forma, essas fontes de grande receita são entregues para os grandes bancos privados, que têm interesse nas áreas. A medida enfraquece o banco e compromete a execução de importantes políticas públicas.

As péssimas condições de trabalho na Caixa também estiveram em debate. O número reduzido de empregados para atender a demanda crescente, sobretudo com o pagamento do auxílio emergencial aos brasileiros atingidos pela crise sanitária, tem causado sérios problemas aos bancários e a população.

Para se ter ideia, a instituição perdeu cerca de 20 mil trabalhadores nos últimos cinco anos. O déficit precariza o atendimento e aumenta os problemas de saúde entre os empregados, extremamente sobrecarregados. Sem falar nas metas absurdas cobradas todos os dias pela empresa.

A questão poderia ser resolvida, se houvesse boa vontade da atual gestão da Caixa, segundo apontou os representantes dos empregados. Basta convocar os aprovados no concurso público de 2014. Para se ter ideia, 30 mil candidatos foram aprovados. No entanto, menos de 10 mil foram chamados. A direção da empresa garante que vai contratar 2.766 novos bancários. Mas é muito pouco. Não resolve o problema.

A Coordenadora Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, observou que hoje a Caixa não consegue fazer um bom atendimento à população devido o número de empregados que diminui ano a ano. Destacou ainda que a queda no quadro de pessoal impactou no aumento de filas em todo o país, nos desgastes dos recursos humanos, que ficaram adoentados, na pressão para que os empregados foquem na venda de produtos em vez de atuar com mais atenção no atendimento aos clientes, principalmente aos idosos que precisam de atenção especial.

Autor do pedido de audiência, realizada na Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa, o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) explicou que a Comissão tem especial interesse no bom atendimento à população idosa, assim como no bem-estar de toda a população brasileira. Ao ouvir os esclarecimentos, o parlamentar recomendou o acompanhamento e a fiscalização da situação denunciada.

Redação AGECEF/BA

 

 

 

Siga a AGECEF-BA nas redes sociais - instagram@agecefbahia e facebook.com/agecef.gestaoba

           

     

     
 
 

Fortaleça sua entidade, associe-se. Os Gestores associados AGECEF/BA recebem diversos benefícios, que podem ser verificados aqui no site e/ou contactando a AGECEF/BA por telefone.