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Pressão contra venda de subsidiárias tem de continuar

Os empregados da Caixa precisam continuar a batalha para evitar que o banco perca espaço no mercado. Na IPO da Caixa Seguridade, realizada na quinta-feira passada, 15% das ações foram negociadas. Mas a qualquer momento a direção da empresa pode vender mais e perder o controle da subsidiária. Siga a AGECEF-BA nas redes sociais - instagram@agecefbahia e facebook.com/agecef.gestaoba
Na transação da semana passada, foram oferecidas ao mercado 517 milhões de ações e o preço, definido de acordo com a procura, ficou em R$ 9,67 — dentro da faixa estimativa da oferta. A Caixa arrecadou R$ 5 bilhões (valor bruto), com a operação que vinha sendo discutida desde 2015 e só foi adiada por conta da luta dos empregados.
A representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) da Caixa, Rita Serrano, destaca que o caminho adotado pela atual gestão preocupa. Portanto, "agora é continuar a resistência para evitar que isso se amplie e não se concretize a venda das demais subsidiárias que a direção da Caixa pretende colocar à venda".
Outras empresas estão na lista para ter o capital aberto na Bolsa de Valores, como Caixa Cartões, da Caixa Asset e o banco digital que está sendo construído por meio do Caixa Tem, o aplicativo criado para viabilizar o pagamento de programas sociais como o auxílio emergencial na pandemia de Covid-19.
E quem pensa que a verba levantada com a venda será revertida em políticas públicas para os brasileiros está enganado. Boa parte será usada para antecipar a devolução dos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCD), mesmo sem prazo para devolução. A intenção do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, é devolver aproximadamente R$ 35 bilhões em 11 anos, o que vai causar a descapitalização do banco. Considerando o patrimônio líquido em 2020, de R$ 92,7 bilhões, estima-se que em poucos anos a Caixa devolverá 1/3 do capital para o Tesouro Nacional.
Redação AGECEF/BA
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