Empregados da Caixa na Bahia fazem assembleia quinta-feira

Em todo o país, o clima nas agências da Caixa é de insatisfação. Assim como no ano passado, a falta de planejamento com o pagamento da nova rodada do auxílio emergencial, a cobrança exagerada por metas, a falta de pessoal são algumas das dificuldades enfrentadas pelos empregados diariamente. Seja na agência ou no home office.

Paralelamente, os bancários ainda precisam lidar com o medo da Covid-19. O cenário é tão ruim que o número de trabalhadores com problemas de saúde não para de crescer. Diante do quadro, neste mês, as entidades representativas têm feito uma série de mobilizações. Na programação, uma assembleia virtual, que acontece nesta quinta-feira (22/04).

Na oportunidade, os empregados decidem sobre a proposta de estado de greve e indicação de paralisação para o dia 27 de abril. A votação é virtual e ocorre entre 8h e 18h, por meio do link https://assembleia.bancariosbahia.org.br/. É importante que todos participem.

A mobilização é por contratação para reduzir a sobrecarga de trabalho. Nos últimos anos, a Caixa perdeu quase 20 mil empregados. O quadro de pessoal caiu de 101 mil para 82 mil. Já a carteira de clientes não para de subir, assim como as demandas, sobretudo com a pandemia do novo coronavírus e o pagamento do auxílio emergencial e demais benefícios.

Outra questão diz respeito à abertura de capital das subsidiárias. As empresas são rentáveis e fundamentais para o banco. Para se ter ideia, a Caixa Seguridade, que está com data marcada para ser vendida – 29 de abril -, obteve lucro líquido de R$ 1,8 bilhão no ano passado. Parte do recurso é revertido para políticas públicas fundamentais à nação.

Não é só a holding de seguros que está prestes a ser entregue ao mercado privado. A lista ainda tem o setor de Cartões, Loterias, Gestão de Recursos e o Banco Digital. Todos muito lucrativos.

Redação AGECEF/BA