Caixa anuncia abertura de agências, mas déficit continua

A Caixa vai abrir, nos próximos três meses, 75 agências, sendo que mais de 50 das unidades serão instaladas no Norte e Nordeste, em municípios com mais de 40 mil habitantes. Porém, no anúncio do presidente Jair Bolsonaro e do presidente do banco, Pedro Guimarães, nada foi dito sobre o déficit de aproximadamente 20 mil empregados.

Hoje, a Caixa está em 97% dos 5.570 municípios brasileiros, fazendo com que os que mais precisam consigam ser contemplados pelas ações sociais da empresa. Ainda possui 54 mil pontos de atendimento - 4,2 mil agências e postos, 8,6 mil correspondentes bancários, 12,9 mil lotéricos e 28,3 mil caixas eletrônicos, além de chegar a locais mais remotos, através de oito unidades-caminhão e duas agências-barco na Região Amazônica.

Mas, o quadro de trabalhadores, que já chegou a 101,5 mil em 2014, que atualmente conta 84,2 mil empregados, está muito aquém do necessário para prestar atendimento de qualidade à população. Durante a pandemia, no ano passado, o banco atendeu 120 milhões de brasileiros. Os dados não impedem a intenção do governo Bolsonaro em atacar a empresa na tentativa de entregá-la ao mercado privado.

A não contratação de novos bancários reflete no adoecimento dos empregados, que são submetidos à precarização das condições de trabalho no dia a dia nas agências. Por conta disso, as entidades representativas têm cobrado a convocação do concurso público de 2014. Dos mais de 30 mil aprovados, menos de 10% foram chamados.

Redação AGECEF/BA