Entidades voltam a cobrar novas contratações na Caixa

A Caixa vai contratar mais 500 empregados em 51 cidades onde pretende abrir novas unidades. O anúncio foi feito pelo presidente do banco, Pedro Guimarães, na semana passada, quando informou que estuda instalar novas agências em todos os bairros do país com população superior a 40 mil habitantes.

Só que 500 trabalhadores é muito pouco para suprir a demanda. Ainda mais que a Caixa possui um déficit de 20 mil postos de trabalho, resultado dos diversos planos de incentivo às demissões voluntárias, que reflete no atendimento ao público. A CEE tem cobrado a imediata contratação de empregados para que haja melhorias nas condições de trabalho, assim como o serviço prestado à sociedade.

A cobrança para que a direção da empresa contrate novos bancários é por respeito aos que estão trabalhando com alto nível de carga de trabalho, com condições precárias, doentes e submetidos à pressão constante para obter através de metas desumanas. As entidades representativas recebem denúncias que está é uma realidade em âmbito nacional e tem sido a tônica da atual gestão da Caixa.

A contratação dos trabalhadores deve ser urgente, pois o trabalho de excelência evidenciado durante a pandemia de Covid-19, com o pagamento do auxílio emergencial e outros benefícios sociais, sobrecarrega o corpo funcional do banco. Em 2014, o banco tinha pouco mais de 101 mil empregados, sendo que no Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015, a direção da instituição financeira se comprometeu a realizar mais 2 mil contratações, elevando o total para mais de 103 mil. Mas, o que aconteceu foi o contrário.

Dos mais de 30 mil aprovados no último concurso público, menos de 10% foram convocados. Com isso, o quadro de pessoal da Caixa é de aproximadamente 84.320 trabalhadores. Bem longe do ideal.

Redação AGECEF/BA