Caixa tem que prorrogar prazo do concurso

O déficit de empregados na Caixa tem gerado sobrecarga para os trabalhadores dentro das agências. Após o Ministério Público do Trabalho ter movido ação civil pública no Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região por conta de denúncias de contratação de terceirizados na empresa, o banco terá que prorrogar o prazo do concurso público de 2014.

A condenação exige que a Caixa apresente um plano relacionado ao quadro de pessoal e ainda pague indenização, no valor de R$ 200 mil, por dano moral coletivo.

A cobrança pela ampliação no número de empregados é antiga. Em 2014, o banco possuía pouco mais de 101 mil empregados. Mas, no Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015, a direção da empresa havia se comprometido a realizar mais duas mil contratações, elevando o total de bancários para mais de 103 mil.

Não há informações precisas sobre a quantidade de contratações feitas até o momento. No entanto, dos mais de 30 mil aprovados no último concurso, a Caixa convocou menos de 10% desses habilitados. Em maio, o banco contratou cerca de 300 empregados do concurso de 2014 depois da mobilização das entidades. Para a Bahia, foram apenas 50.

Segundo dados do balanço do 1º trimestre de 2020, a empresa conta atualmente com, aproximadamente, 84.113 trabalhadores. Enquanto a demanda aumenta nas unidades, foram cortados 20 mil postos de trabalho somente nos últimos cinco anos, através de seguidos planos de desligamentos.

Ao reduzir o quadro de trabalhadores, as agências da Caixa ficam lotadas, com empregados cumprindo jornadas exaustivas para prestar um bom atendimento à população. A situação ficou ainda mais evidente na pandemia causada pelo novo coronavírus. Em decorrência do pagamento do auxílio emergencial e demais benefícios sociais feito pelo banco, as filas na porta das unidades até mesmo nos finais de semana virou rotina.

Redação AGECEF/BA