Negociação sobre teletrabalho será mais aprofundada

Depois de longas horas de debate sobre o teletrabalho, o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) decidiram aprofundar mais o assunto antes de estabelecerem regras a serem colocadas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. A decisão foi tomada durante a primeira negociação, por videoconferência, realizada nesta terça-feira (04/08).

Na rodada, os representantes dos bancários apresentaram a pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas) que aponta problemas no modelo home office, como a falta de materiais. Dos 11 mil bancários que estão trabalho remoto e responderam ao levantamento, 68,1% falam que falta equipamento adequado. Apenas 19% dizem ter algum cômodo apropriado para o trabalho em casa.

Não é só isso. A cobrança excessiva e jornada extensa também causam dor de cabeça. Quase 73% revelam que estão sempre ocupados com as atividades laborais. Sintomas como dores musculares, cansaço e fadiga constante são comuns.

Diante dos dados, a Fenaban ficou de marcar uma reunião com todos os bancos ainda na próxima semana para discutir o assunto e buscar um acordo entre as empresas, pois existem divergências. Segundo os representantes das instituições, tem banco que defende o acordo aditivo, outros querem acordo individual e outros querem impor o teletrabalho, com contratos de adesão. O Comando Nacional lembrou que é melhor negociar coletivamente para dar maior segurança jurídica às duas partes.

Nesta quinta-feira (06/08), acontece a segunda rodada de negociação. Em pauta, as questões relacionadas ao emprego. Sobre o início da mesa específica com a Caixa ainda não há informações. O Banco do Brasil começa a debater nesta quarta-feira (05/08), enquanto que a direção da Caixa ainda não se manifestou.

Redação AGECEF/BA