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Campanha em defesa dos direitos, do emprego e dos bancos públicos

A campanha salarial dos bancários de 2020 certamente será uma das mais difíceis e vai querer da categoria muita união. O cenário de incertezas decorrente da pandemia causada pelo novo coronavírus e a grave crise econômica e política que o Brasil vive há alguns anos vão tornar as discussões com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e a direção dos bancos públicos ainda mais duras. Os desafios são muitos nos próximos meses.

Diante do quadro, os bancários da Bahia e Sergipe definiram, durante a 22ª Conferência Interestadual, realizada sábado (04/07), por meio de videoconferência, defender a manutenção dos direitos, os empregos e os bancos públicos, que estão na lista de privatização do governo Bolsonaro.

Uma das palestrantes do evento, a economista e supervisora técnica do Dieese, Ana Georgina Dias, mostrou, em números, a boa situação do sistema financeiro nacional em um Brasil em crise. Os cinco maiores bancos – Itaú, Caixa, BB, Santander e Bradesco - são responsáveis por 86% do mercado bancário. O lucro em 2019 foi de R$ 108 bilhões, alta de 33,3% em 12 meses. Os destaques foram justamente os bancos públicos. Na Caixa, o resultado cresceu 103% e no BB, 41%. Os números mostram que as empresas públicas são altamente rentáveis e essenciais ao país.

As medidas provisórias editadas pelo governo federal que retiram direitos dos trabalhadores, ao invés de protege-los foi o destaque apresentado pelo presidente licenciado do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos. A MP 927 antecipa as férias compulsórias, institui o Banco de horas negativos, suspende as normas de saúde e segurança do trabalho e desconsidera a Covid-19 como doença ocupacional.

Outra MP ruim foi a 936. A medida tirava ainda mais direitos e novamente aumentava a jornada de trabalho dos bancários. Mas, os trabalhadores foram para cima, com debates intensos no Congresso Nacional. A mobilização garantiu avanços, como a ultratividade dos acordos e convenções e a integralidade do salário maternidade.

Encontro da Caixa

O evento contou também com os encontros específicos por banco. Uma boa oportunidade de os bancários discutirem os problemas enfrentados em cada empresa e traçar estratégias de enfrentamento nas mesas permanente, que devem acontecer por videoconferência neste ano.

Na Caixa, os destaques são a defesa do Saúde Caixa para todos, transparência na FUNCEF, além de questões específicas ligadas à pandemia, como o home office. Os 66 participantes do evento, decidiram referendar a minuta de reivindicações de 2018 com acréscimos e atualizações, além de aprovarem a delegação da Bahia para participar do 36º Conecef, com chapa única formada por 12 trabalhadores da ativa e uma aposentada.

Redação AGECEF/BA

 

 

 

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