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Após denúncia, TCU vai analisar fatiamento da Caixa

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai iniciar um processo de investigação sobre a abertura de capital de subsidiárias da Caixa. O TCU decidiu realizar uma análise técnica do caso por meio da Secretaria de Controle Externo do Sistema Financeiro Nacional e dos Fundos de Pensão depois de denúncia feita pelas entidades representativas dos empregados do banco e pela deputada federal, Érika Kokay (PT-DF).

Segundo apontou a parlamentar, durante videoconferência, nesta segunda-feira (16/06), com o presidente do TCU, José Mucio Monteiro, há irregularidades e falta transparência na forma como o governo vem adotando as vendas de ativos do banco, que deveriam ser aprovadas pelo Congresso Nacional. "Pode estar se criando um dano ao erário público, um dano a própria Caixa que tem cumprido uma função relevante neste momento para o enfrentamento a pandemia e que é um instrumento estratégico inegável para recuperar o país do ponto de vista social e econômico pós-pandemia", disse.

As entidades representativas dos empregados da Caixa acreditam que o banco – único 100% público do país – está sendo fatiado para atender aos interesses das empresas privadas, perdendo, desta forma, um grande valor para toda a nação brasileira.

Recentemente, o presidente da instituição, Pedro Guimarães, reforçou que ainda pretende abrir o capital da Caixa Seguridade ainda neste ano, tão logo a pandemia causada pelo novo coronavírus passe. Logo depois, a intenção é vender o setor de Cartões. As duas subsidiárias são altamente rentáveis. Portanto, a venda não se justifica. Vale destacar que a direção do banco chegou a protocolar o IPO (oferta inicial da ações) da Caixa Seguridade em fevereiro deste ano, mas interrompeu o processo em março, devido ao temor do mercado por conta da pandemia.

Diante do possível fatiamento do banco, responsável pelas principais políticas de inclusão social do país, essenciais para a retomada do crescimento, as entidades representativas iniciaram uma campanha Parem de vender o Brasil. O objetivo é alertar a sociedade para os prejuízos que a privatização das estatais pode trazer ao país. Uma das iniciativas é o apoio ao Projeto de Lei 2715, que suspende as privatizações até 2022.


 

 

     

           

     

     
 
 
 

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