Contraf cobra da direção da Caixa defesa do banco

A Caixa está presente na vida de milhões de brasileiros. Seja de forma direta ou indireta. O banco é fundamental para o desenvolvimento do país, sobretudo, com políticas de inclusão social. Portanto, afirmar que o banco “rouba” o brasileiro é usar de má fé para desgastar a imagem do banco perante a sociedade e, desta forma, agradar ao mercado financeiro. Com este entendimento, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) cobra um posicionamento oficial do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, sobre a declaração do deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Na semana passada, em entrevista para o programa Poder em Foco, do SBT, Maia, que também é presidente da Câmara Federal, disse que a Caixa “rouba” R$ 7 bilhões por ano do trabalhador. A afirmação, além de ser falsa e prejudicar a imagem do banco junto à sociedade, coloca em questão os serviços prestados na gestão dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e, consequentemente, a atuação dos empregados, responsáveis pela execução de tais serviços.

Por trás da declaração, diz a nota, está o interesse em depreciar a Caixa para facilitar transferência dos recursos do FGTS para os bancos privados. Em entrevista à Contraf, o economista Sérgio Mendonça, coordenador do site Reconta Aí, especializado em notícias econômicas, destaca que a Caixa fez um trabalho espetacular de centralização de todas as contas do FGTS, dando maior transparência sobre os recursos do fundo, diferente do que acontecia quando os bancos privados geriam esse recurso.

Entenda

O FGTS foi criado em 1966 em troca da estabilidade no emprego. Os trabalhadores que perdessem o emprego teriam uma “poupança” para garantir o sustento de sua família. Até 1990, os bancos privados geriam o recurso. Mas, a partir de 1991 tudo foi centralizado na Caixa. Hoje, cerca de 8 mil empregados do banco trabalham com esses recursos no seu dia a dia. Em todo o país, são mais de 60 mil postos de atendimento aos trabalhadores disponibilizados pela Caixa.

Redação AGECEF/BA