Lucro da Caixa de R$ 8,1 bilhões mostra sua importância

A Caixa obteve lucro contábil de R$ 8,1 bilhões nos seis primeiros meses de 2019, alta de 22,2% ante o mesmo período de 2018. No segundo trimestre, o balanço foi de R$ 4,212 bilhões, aumento de 7,4% em relação ao ano passado. A venda das ações de Petrobras, em junho, alavancou o lucro entre abril e junho. Sem a receita extra, a instituição teria crescido 3% no período.

O resultado oficial, divulgado nesta terça-feira (03/09), é maior do que os números apresentados pelo Banco Central na segunda-feira (02/09), porque a direção da instituição leva em consideração a participação na Caixa Seguridade, CaixaPar e Loterias. Um ponto que merece uma análise. As subsidiárias são essenciais à instituição e, portanto, a toda nação.

Vendê-las e encolher o único banco 100% público do país não é o caminho. Pelo contrário.

Para se ter ideia, de acordo com os dados divulgados, a Caixa detém 69% do mercado imobiliário, com uma carteira de R$ 452,3 bilhões. Desses, R$ 176,1 bilhões são com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Em relação ao Minha Casa, Minha Vida foram contratados R$ 17 bilhões.

Também financia programas de fomento às atividades rurais, como o Garantia Safra que assegura renda mínima para a sobrevivência de agricultores atingidos por secas ou enchentes.

Tem ainda o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), responsável por ajudar pessoas de baixa renda a cursar o ensino superior. Até hoje mais de 7 milhões de alunos foram contemplados. Sem falar no Bolsa Família, fundamental para a redução da pobreza no Brasil, e nas políticas de habitação.

Crédito encolhe

Nem todos os números foram positivos, segundo o balanço divulgado pela Caixa. A carteira de crédito apresentou redução de 0,5% em três meses e de 1,9% em 12 meses, encerrando o semestre em R$ 682,445 bilhões em empréstimos. A retração foi puxada pela diminuição de 7,9% no crédito comercial para pessoa física e 30,7% para empresas.

Redação AGECEF/BA