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Reunião debate problemas na Caixa

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a direção da Caixa retomaram a mesa de negociação permanente, nesta terça-feira (27/08), em Brasília, para discutir as mudanças nas normas internas do banco, que podem incentivar a perseguição na empresa, prejudicando o trabalho dos bancários. Há denúncias de profissionais com carreira exemplar que estão sendo até descomissionados.

Diante dos constantes problemas, a CEE solicitou a retirada da GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas) do MO 21182, que indica o descomissionamento arbitrário institucionalizado e prevê a ameaça frequente de retirada de função compulsória. Tudo isso, aumenta o índice de adoecimento entre os empregados, que já sofrem com a sobrecarga de trabalho.

Foi questionada a inserção da GDP no processo de promoção por mérito, impedindo que os bancários concorram em condições de igualdade. Mas, a empresa insiste em manter o quesito, o que exclui, de imediato, 30% dos empregados. A CEE também solicitou o fim do Revalida. Segundo a direção da Caixa, o mecanismo não acontecerá mais. Uma notícia boa.

A reunião tratou sobre o atual quadro de pessoal. Depois de sucessivos planos de demissão voluntária, o número de empregados da Caixa despencou, saindo de 101 mil para pouco mais de 80 mil. A reivindicação é para que o banco retome as convocações para atingir, pelo menos, 87 mil, conforme prevê o teto estabelecido pela Secretaria Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest). Um passo importante para reduzir a sobrecarga de trabalho.

Sobre os PCDs (Pessoas com Deficiência), a CEE reafirmou que as duas mil contratações, anunciada pelo banco, são insuficientes para chegar a cota mínima de 5%, conforme estabelece a legislação. De acordo com dados da própria instituição, o índice de PCD em atuação no banco é de 1,42%, o que significa um déficit de mais de 3.500 pessoas para o cumprimento da cota.

Outro assunto muito relevante, o Saúde Caixa para todos, também esteve em debate. O entendimento é que a Caixa discrimina os PCDs contratados, quando não garante a assistência médica. A CEE lembrou que, na campanha dos bancários de 2018, o Saúde Caixa foi assegurado para os trabalhadores da ativa e aposentados, após uma longa negociação.

Sob protesto dos representantes dos empregados, a direção do banco anunciou que os novos contratados terão assistência à saúde por reembolso, com possibilidade de benefícios retroativos. O Saúde Caixa propriamente dito não será oferecido a esse grupo de trabalhadores. Nesse caso, o modelo a ser adotado será baseado na CGPAR 23, resolução que estabelece diretrizes e parâmetros para o custeio das empresas estatais federais sobre benefícios de assistência à saúde aos empregados.

Outro assunto colocado em pauta, a defesa da Caixa 100% pública, a CEE reafirmou ser prioridade. Criticou a venda de subsidiárias importantes, como cartões, seguros e loterias.

As medidas prejudicam a atuação do banco público mais importante do país, assim como os programas geridos por ele.

Redação AGECEF/BA

 

 

 

 

 

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