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Congresso Nacional mira a Caixa

Privatizar as empresas públicas, como a Caixa, agrava a recessão e aumenta as desigualdades sociais do país. Junto com outras instituições públicas, o banco é agente fundamental para o funcionamento da economia e desempenha um papel estratégico para o desenvolvimento socioeconômico, afetando os níveis de produção, ajudando na geração de emprego, assim como no poder de compra do cidadão.

Embora seja essencial, há ainda quem defenda a privatização, inclusive no Congresso Nacional. É o caso do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que durante evento da Expert XP questionou "para que serve a Caixa Econômica? Para que serve o Banco do Brasil? Para que serve a Petrobras?". O parlamentar ainda mandou recado ao governo para que enfrente o debate.

De acordo com Rodrigo Maia, a Caixa virou um emaranhado de coisas, um gigantismo desnecessário e vive basicamente da administração dos fundos públicos, que deve ser reformado. "Nós precisamos reduzir as empresas públicas e não apenas a previdenciária", disse.

O presidente Jair Bolsonaro e sua equipe econômica também são simpáticos à venda das estatais. Um caminho muito ruim para a nação. Para se ter ideia, a Caixa é o único banco que está presente em todos os municípios do país, com 55 mil pontos de atendimento, incluindo as agências-barco e as unidades-caminhão.

Também é o líder no mercado imobiliário. Sete em cada 10 moradias são financiadas pela Caixa. Cerca de 25% do total de domicílios existentes no Brasil foram financiados pela instituição. Desde 1964 são mais de 17 milhões de unidades habitacionais.

Desde 2009, com o Minha Casa, Minha Vida, mais de 4 milhões de unidades foram entregues e 16 milhões de pessoas beneficiadas. O programa também ajuda a gerar emprego, com a abertura de mais de 1,2 milhão de vagas. Com isso, a União arrecadou R$ 163 bilhões em tributos.

A Caixa é responsável pelo gerenciamento do Bolsa Família e boa parte do FIES. Não é só isso. Nenhum outro banco possui tanta afinidade com estados e municípios. Isso está comprovado no fato de que, em 2018, as operações de saneamento e infraestrutura da Caixa totalizaram R$ 84,3 bilhões.

Especialistas reforçam a importância da instituição. O economista Márcio Pochmann alerta que "com a Caixa perdendo sua função de fomento, de desenvolvimento, só vão sobrar os bancos privados que querem retorno a curto prazo. O governo tem o discurso ideológico de que o mercado resolve, mas os bancos privados só querem retorno imediato", conclui.

Redação AGECEF/BA

 

 

 

 

 

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