Dados do Saúde Caixa seguem omitidos

A contabilização do Fundo de Reserva de Contingência do Saúde Caixa continuam desconhecidos. A direção da empresa omite os dados, desrespeitando o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Há muito tempo a instituição enrola, promete apresentar os números aos empregados, mas na hora H dá para trás.

A análise dos valores é fundamental para confirmar o superávit acumulado entre julho de 2004 e dezembro de 2015. O valor é de R$ 600 milhões. Detalhe: ainda precisa ser aplicada a variação da taxa referencial de juros (Selic) de todo o período.

A divulgação oficial do resultado foi novamente cobrada pelo Conselho de Usuários. Desta vez, os representantes da empresa informaram que a contabilização não foi aprovada por instâncias superiores (Conselho Diretor e Conselho de Administração). Os empregados agora estudam outras medidas para obrigar a Caixa a apresentar os números, como prevê o ACT.

Relatório 2018

Depois de conhecer a nova versão do relatório atuarial 2018, o Conselho de Usuários solicitou à Vesting - empresa de consultoria atuarial contratada pela Caixa - a adoção da mesma tábua de mortalidade utilizada nos cálculos da FUNCEF e a segregação dos valores correspondente ao Saúde Caixa e ao PAMS.

Também pediu a inclusão dos resultados de 2016 e 2017, os quais compuseram a série histórica utilizada pela empresa para as projeções e a apresentação dos montantes relativos aos valores que não foram arrecadados desde 2016 em razão de inconsistências causadas pela implantação do sistema SIAGS (plataforma Benner), as não cobranças relativas aos PDE 2017 e 2018 e a não cobrança sobre o benefícios INSS dos aposentados que os recebem separadamente do contracheque da FUNCEF, para que sejam considerados na avaliação da eventual necessidade de reajustes nos itens de custeio.

Sobre as inconsistências e valores não cobrados, os eleitos, mais uma vez, enfatizaram a necessidade de que a Caixa agilize a regularização, entrando em contato com cada um dos titulares na situação, para que o pagamento seja feito de forma negociada de modo a não comprometer ainda mais a renda dos aposentados.

Redação AGECEF/BA