Caixa é essencial para o país voltar a crescer

Os números não deixam mentir. A Caixa é fundamental para o Brasil retomar o crescimento econômico. Desde 1964, o único banco 100% público do país financiou 17 milhões de unidades habitacionais, cerca de 25% do total de domicílios existentes em todo o território nacional.

No âmbito dos estados e municípios, a Caixa liberou R$ 84 bilhões para obras de saneamento e infraestrutura somente em 2018. No mesmo período, foram feitos 158 milhões de pagamentos aos beneficiários do programa Bolsa Família, totalizando R$ 29,2 bilhões.

As medidas tomadas há alguns anos, no entanto, comprometem tudo isso. Para se ter ideia, de dezembro de 2014 até maio deste ano, a instituição financeira perdeu 17 mil postos de trabalho. Número que vai aumentar com o novo PDV (Programa de Desligamento Voluntário) que prevê o corte de 3,5 mil empregados. Embora o prazo para adesão tenha encerrado, o banco ainda não divulgou o total de bancários que manifestaram interesse.

Não é só isso. A transferência de pessoal das áreas meio para as agências - processo que teve prazo de adesão adiado para 21 de junho depois de liminar judicial - não resolve a carência de empregados e ainda deixa mais pessoas vulneráveis à doenças decorrentes da atividade laboral. Segundo a Comissão Executiva dos Empregados (CEE), as medidas reduzem a capacidade operacional do banco e a população também sente os reflexos.

O novo modelo de gestão afeta ainda os programas de inclusão social, que têm os recursos reduzidos consideravelmente. As vendas das subsidiárias também comprometem a atuação da Caixa e terão impacto direto na gestão de projetos como o FIES. Por isso, é fundamental que a sociedade defenda o banco 100% público ativamente, pressionando o governo e o Congresso Nacional para evitar o seu fatiamento ou até mesmo a privatização.

Redação AGECEF/BA