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Bancários são contra reforma da Previdência

Ouvir o que cada bancário passa e pensa no local de trabalho é essencial para chegar o mais próximo possível da realidade e cobrar dos bancos durante as mesas de negociações permanentes. Para isso, a categoria respondeu à consulta sobre o dia a dia nas agências e também o cenário nacional, sobretudo a reforma da Previdência, um dos assuntos mais discutidos hoje no país.

Dos 1.800 bancários que responderam à pesquisa, 88% são contra a proposta apresentada pelo governo Bolsonaro. Para eles, as mudanças vão prejudicar milhões de brasileiros. Quando o recorte é feito para o aumento da idade mínimo (65 anos homens e 62 anos mulheres) e do tempo de contribuição, a rejeição cresce para 90,6%.

Segundo 72,3% dos bancários, apenas uma minoria vai conseguir se aposentar com 100% do benefício e 72,6% entendem que a reforma da Previdência nos moldes atuais prejudica os mais pobres e as mulheres. A esmagadora maioria de 94,6% não concorda com a redução dos valores dos benefícios para os idosos e 96,4% acreditam que a reforma vai aumentar a desigualdade social no Brasil.

Como a reforma prevê a capitalização da Previdência e o fim do regime solidário entre trabalhador, empresa e União, os bancários também opinaram sobre o tema e 81,1% são contra o modelo apresentado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Os dados da pesquisa foram apresentados durante a Conferência Interestadual dos Bancários da Bahia e Sergipe, realizada no fim de semana, em Salvador. Entre os que responderam à consulta, 79% trabalham em agências e 21% em departamento. A maioria é da Caixa (28,9%) e tem entre 31 e 40 anos, 35,5%. Os homens foram os que mais participaram, 57,2%. E as mulheres, 42,8%. No quesito raça, 52,7% se declaram pardo, 34,5% branco e 10,7% preta. Entre os cargos, 27,1% são gerentes.

Adoecimento

O adoecimento no setor bancário diante das pressões por meta também foi pauta. Os dados assustam. Segundo a consulta, 54,2% dos bancários conhecem alguém que tomou medicamento controlado e 65,6% usaram ou estão usando medicamento controlado. Outros 61,8% se afastaram das atividades por motivo de saúde no mesmo período.

Redação AGECEF/BA

 

 

 

 

 

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