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Defesa do emprego e dos bancos públicos são prioridades

Diante da drástica redução do quadro de pessoal nas agências, a defesa do emprego deve ser uma das prioridades dos bancários no próximo semestre. A resolução foi tomada durante a 21ª Conferência dos Bancários da Bahia e Sergipe, realizada no fim de semana em Salvador.

Os dados mostram que a categoria precisa se mobilizar. No início da década de 1990 eram cerca de 732 mil bancários no país. Em 2017, o número havia caído para 468 mil. Os bancos públicos estão entre os que mais fecharam postos de trabalho, resultado do processo de reestruturação.

A Caixa cortou pouco mais de 17 mil postos de trabalho desde 2014. Banco do Brasil também. O número chega 17.913 vagas até março de 2017. O Bradesco eliminou 15.678 empregos, de março de 2012 a junho de 2016. O Itaú extinguiu 17.818 postos e o Santander, 6.888 vagas.

Para aumentar a eficiência, os bancos também fecham agências. Houve uma reestruturação pesada. No Itaú, até março deste ano, 458 unidades físicas foram fechadas. No BB, 808 unidades encerraram as atividades e na Caixa, 39 locais de trabalho deixaram de existir até março do ano passado.

A defesa dos bancos públicos é outra prioridade. Privatizar as estatais é abrir mão de um projeto soberano de nação. As empresas são fundamentais para o desenvolvimento do país. Basta analisar a crise financeira mundial de 2008. Na ocasião, BB e Caixa tiveram papeis essenciais, com a redução do spread bancário, dos juros e ampliação do crédito, permitindo que a economia girasse.

Não é só isso. Os bancos públicos têm responsabilidade social, aplicam políticas públicas e são necessários por terem um papel de desenvolvimento. Por isso, a defesa das instituições é imprescindível.

Os assuntos serão levados para a Conferência Nacional dos Bancários, marcada para os dias 1º e 2 de agosto, junto com o CONECEF (Congresso Nacional dos Empregados da Caixa).

Previdência

A reforma da Previdência teve um destaque especial durante a Conferência. A economista e técnica do Dieese, Ana Georgina chamou atenção para o modelo cruel que o governo tenta aprovar. Disse que a reforma, da forma como está colocada, vai empobrecer a população e somente o sistema financeiro vai lucrar.

Destacou ainda que a Previdência não é deficitária. Dados da ANFIP (Associação Nacional dos Auditores Fiscais) ajudam a elucidar. Em 2005, a Previdência obteve superávit de R$ 72,7 bilhões. Em 2011, o saldo positivo foi de R$ 76,1 bilhões, pulando para R$ 82,8 bilhões em 2012. Em 2015, ficou em R$ 11,7 bilhões.

Redação AGECEF/BA

 

 

 

 

 

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