Caixa vai vender parte na Petrobras

Uma reportagem publicada no jornal O Estado de São Paulo preocupa. Segundo a matéria, a "Caixa puxa a fila da 'redução do Estado' e avança no preparo de venda de ativos". Dessa forma, o banco vai perdendo força e capacidade de atender aos programas responsáveis pela redução da desigualdade social e pelo crescimento do país nos últimos anos.

As ações da direção do banco confirmam o texto. Ao assumir a presidência da empresa, Pedro Guimarães anunciou a venda de subsidiárias importantes, como loterias, cartões, ativos e seguridade. Ainda em fevereiro, foi para os Estados Unidos para atrair investidores.

Logo em seguida, passou a se desfazer dos ativos de maior liquidez, a participação em outras empresas e fundos, como a venda da parte no IRB. Agora se prepara para se desfazer de sua parte na Petrobras. A direção da empresa espera arrecadar R$ 8 bilhões. Para a operação foram contratadas Bank of America, XP Investimentos, Morgan Stanley e UBS.

A ideia, segundo O Estado de São Paulo, é aproximar a Caixa de um banco de investimento. A reportagem destaca ainda que a "desova de ativos" mira também a abertura de capital da Caixa Seguridade.

O caminho compromete toda atuação do principal banco público, responsável por realizar o sonho da casa própria, por levar energia, água encanada e rede de esgoto para milhões de brasileiros. Sem falar nas obras de infraestrutura, como as rodovias.

Redação AGECEF/BA