CEE cobra explicações da Caixa em negociação

A retirada da Caixa do Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) foi o principal assunto debatido durante a rodada de negociação entre a Comissão Executiva dos Empregados e a direção do banco, na última sexta-feira (12/04). A CEE cobrou um posicionamento oficial a respeito do decreto.

Segundo os representantes dos empregados, as notícias e medidas da direção do banco enfraquecem a posição da Caixa no mercado e no cumprimento de sua função pública. As discussões não pararam por aí. Na reunião, a CEE voltou a cobrar contratação dos aprovados no concurso público de 2014, melhorias nas condições de trabalho, respeito a jornada de trabalho melhorias no Saúde Caixa.

Sobre a ampliação do quadro de pessoal, a direção do banco informou que estão sendo feitos estudos para verificar a viabilidade. Portanto, ainda não há nada de concreto. A notícia contradiz o que garantiu o presidente da empresa, Pedro Guimarães. Em reunião com os empregados, assumiu o compromisso de fazer novas contratações até atingir o teto estabelecido por outro decreto do governo, de 87 mil bancários.

Outro assunto tem preocupado e a Comissão Executiva dos Empregados reafirmou descontentamento sobre o descomissionamento dos gerentes de Atendimento e Negócios (GANs) PJ. Por conta do processo de verticalização, os empregados que eram gerentes de Pessoa Jurídica, foram prejudicados.

A CEE cobrou a ativação de comitês de credenciamento e descredenciamento do Saúde Caixa por Gipes e Repes com a participação dos trabalhadores. O banco informou que encaminhará a relação dos comitês que estão instalados. Os representantes da empresa também ficaram de apresentar na próxima reunião do GT Saúde Caixa, que deve ocorrer em maio, os demonstrativos financeiros mais detalhados do plano de saúde.

Com a relação a implantação do intervalo de 30 minutos para os empregados de seis horas, a Caixa anunciou que foi adiada do dia 15 para 22 de abril. A ampliação do descanso, que antes era de 15 minutos, foi uma conquista do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2020, com objetivo garantir a saúde dos trabalhadores.

Outra questão colocada em pauta foi o fechamento de agências. A direção disse que não existe previsão para encerrar as atividades e assumiu o compromisso de comunicar às entidades representativas sobre o encerramento de unidades, ao mesmo tempo em que as superintendências forem comunicadas.

Redação AGECEF/BA