Presidente da Caixa dá garantias aos empregados

A mesa de negociação permanente entre a Caixa e a Comissão Executiva dos Empregados, a contratação de aprovados no concurso público de 2014 e a abertura de novas agências foram algumas garantias dadas pelo presidente do banco, Pedro Guimarães, em reunião com a CEE nesta terça-feira (26/03).

O compromisso assumido pelo executivo é bem visto pelos empregados, sobretudo diante de tantos problemas enfrentados pelos brasileiros com a crise econômica e política e a aprovação de reformas que dificultam a vida do trabalhador. A negociação coletiva, realizada na campanha salarial, também será respeitada, segundo o presidente.

A CEE cobrou ainda informações sobre as possíveis manobras realizadas pela direção da Caixa para baixar o lucro de 2018, impactando na PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos empregados. Pedro Guimarães se esquivou e não aprofundou o assunto. Disse apenas que o resultado do ano passado deve ser divulgado até sexta-feira (29/03) e que na sequência sairia o benefício.

Sobre mais um PDV (Plano de Demissão Voluntária), o presidente da Caixa disse que sairá em breve e será destinado aos aposentados e os que estão em idade para se aposentar e com os mesmos pré-requisitos dos planos anteriores. Questionado sobre quando vai convocar os aprovados no concurso, disse que existe a possibilidade de um acordo no processo até o limite estabelecido pela portaria editada pelo governo recentemente, ou seja, 87 mil empregados.

Os descomissionamentos que atingem até os superintendentes também foram pauta. Pedro Guimarães argumentou que o processo acontece com tranquilidade, com respeito as carreiras e sem reclamações. Mas, denúncias relatam o contrário. A CEE solicitou critérios transparentes e objetivos, para acabar com as arbitrariedades. Já com relação as agências, o presidente do banco disse que algumas serão realmente fechadas, mas que há planos de abertura de novas unidades.

Um ponto gerou conflito na reunião: o processo de reestruturação e a privatização do banco. Para Pedro Guimarães, não há plano de privatização. No entanto, abrir o capital de diversas áreas, como a Caixa Cartões, já é de certa forma uma privatização. A medida compromete a atuação da instituição financeira e também os programas geridos por ela.

Redação AGECEF/BA