Empregados em defesa da Caixa

Com o objetivo de chamar a atenção para as medidas que prejudicam a Caixa e o Brasil, em todo o país, os empregados do banco realizaram, nesta sexta-feira (15/03), atividades nas agências, departamentos e nas redes sociais. Na ocasião, chamaram a atenção para a importância em manter a instituição 100% pública.

O entendimento é de que as medidas tomadas pela atual direção da empresa - que anunciou a venda das áreas de seguros, asset, cartões e loterias - comprometem a atuação da empresa. A Caixa, por exemplo, é líder do mercado imobiliário, com participação de 69% na carteira de crédito habitacional.

Os repasses sociais das loterias, que no último ano arrecadaram R$ 13,9 bilhões, são fundamentais aos programas nas áreas de seguridade social, esporte, cultura, segurança, educação e saúde. Embora seja essencial para os brasileiros, a Lotex está com leilão marcado para o dia 26 de março.

Especialistas criticam as medidas e alertam para uma possível privatização do banco que hoje atende 82,7 milhões de brasileiros. O economista e professor titular de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Ladislau Dowbor, é um dos críticos mais ferrenhos. Segundo ele, a Caixa é hoje o maior agente público de desenvolvimento social e econômico do Brasil.

Sobre a abertura das subsidiárias é taxativo. "Quando se faz abertura de capital no sistema financeiro público, a opção é por privatizá-lo. A Caixa, em termos políticos, tem peso grande. O portfólio de financiamento, como no segmento da casa própria para a população de baixa renda, é imenso e torna a capilaridade do banco relevante para o desenvolvimento social e econômico do país. Na empresa, conforme declarações do presidente Pedro Guimarães deixam evidentes, a privatização ocorre pelas bordas". Portanto, o brasileiro precisa defendê-la.

Redação AGECEF/BA