Importância da Caixa tem de ser reafirmada

O papel social das estatais está sob ameaça. É fundamental, portanto, reafirmar a importância dessas empresas para o país. Para os empregados da Caixa, o momento realmente é decisivo. O fato ficou evidente nesta semana durante evento da Credit Suisse, em São Paulo, com 650 investidores privados.

Na ocasião, o presidente do banco, Pedro Guimarães, refirmou que pretende fazer a abertura de capital de quatro subsidiárias, até junho do próximo ano, na Bolsa de Valores. As áreas que devem ser vendidas - seguros, cartões de créditos, loterias e gestão de recursos - são estratégicas e, se entregues, o futuro da instituição pode estar comprometido.

O entendimento das entidades representativas é de que a opção pelo modelo de venda dos ativos "não essenciais" não vai melhorar a governança ou a transparência da gestão. Mas, sim, aprofundar um perfil de negócios que retira a empresa dos mercados em que exerce liderança, diminuindo a capacidade de gerir as políticas públicas e atendendo, assim, a interesses de bancos privados.

Vale destacar que há poucos anos, o governo tentou transforma a Caixa em S/A. A medida só não seguiu em frente em decorrência da resistência dos empregados e de vários setores da sociedade.

Redação AGECEF/BA