Novo presidente da Caixa confirma fatiamento do banco

O plano de privatização e redução das empresas estatais do governo de Jair Bolsonaro está em vigor. Em entrevista, na terça-feira (01/01), Pedro Guimarães, anunciado como novo presidente da Caixa, afirmou os planos de vender áreas de atuação do banco para a iniciativa privada. De início, serão os Seguros, Cartões, Assets e Loterias.

Quem está de olho nas medidas é o setor privado. O presidente do banco Santander, Sérgio Real, defendeu em novembro a quebra de monopólios nos serviços financeiros, entre eles, depósitos judiciais, folhas de pagamento e FGTS. Logo em seguida, o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, confirmou que o banco tem interesse em oportunidades de aquisições vindas da Caixa e do Banco do Brasil.

Sem deixar claro o motivo, Pedro Guimarães também anunciou que a Caixa terá a presença de militares em postos diretivos, desconsiderando regras legais e estatutárias que precisam ser cumpridas.

As declarações de Pedro Guimarães, segundo Rita Serrano, representante dos empregado no Conselho de Administração do banco, mostram que os desafios para os próximos anos serão grandes e vão requerer união para esclarecer à sociedade os riscos reais do fatiamento e privatização da empresa.

Ao longo dos 157 anos de existência, o banco 100% público foi fundamental no desenvolvimento econômico e social do país. A defesa da privatização de todo o banco ou em partes, coloca em risco o avanço do Brasil e as conquistas dos últimos anos.

Redação AGECEF/BA