Desemprego é maior no Nordeste, aponta IBGE

A taxa de desempregados no país teve leva queda no terceiro trimestre deste ano, mas ainda permanece em níveis recordes, atingindo mais de 12 milhões de pessoas. A pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) chama atenção para um fator: o desempregado no Brasil tem um perfil bem definido.

São mulheres, negros e nordestinos. O retrato de um Brasil preconceituoso. No Nordeste, o índice de pessoas sem trabalho chega a 14,4%. Sergipe é o líder, com taxa de 17,5%, seguido por Alagoas (17,1%) e Pernambuco (16,7%).

Quando analisado o grupo racial, o desemprego fica em 13,8% entre a população parda e 14,6% entre a preta. A pesquisa faz o recorte ainda por gênero e mostra um índice maior para as mulheres (13,6%) contra 10,5% dos homens. O IBGE considera desempregada a pessoa com mais de 14 anos que procurou emprego e não conseguiu uma colocação no mercado de trabalho.

O levantamento revela que o número de desalentados – cidadão que está desempregado porque desistiu de procurar uma vaga no mercado de trabalho – era de 4,78 milhões no terceiro trimestre de 2018, menor, portanto, do que o registrado no segundo trimestre do ano, de 4,83 milhões.

No quesito trabalho com carteira assinada, o estado do Maranhão lidera, com 51,1% dos trabalhadores no regime da CLT. Segundo o IBGE, no país, 74,1% das pessoas empregadas no setor privado tinham carteira assinada no terceiro trimestre, percentual que ficou estável ante o segundo trimestre.

A taxa de sub-utilização da força de trabalho no Brasil foi de 24,2% no período. Em números são 27,3 milhões de pessoas que procuraram emprego e não encontraram, que não procuraram, que procuraram e não estavam mais disponíveis para trabalhar e que trabalham menos de 40 horas por semana, mas gostariam de trabalhar mais.

Redação AGECEF/BA