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Mulheres que trabalham na Caixa adoecem mais

O mercado de trabalho é muito mais cruel com as mulheres. Elas têm mais dificuldades de ascender profissionalmente, têm remuneração menor, mesmo ocupando o mesmo cargo que o homens, e, consequentemente, sentem mais pressão. O resultado da política discriminatória é observado no número de adoecimento. Na Caixa, não é diferente.

A pesquisa Saúde do Trabalhador da Caixa 2018 mostra que 40,7% das mulheres que trabalham no banco tiveram algum problema de saúde nos últimos 12 meses. Muito maior do que o verificado entre os homens, de 28,4%. Os dados revelam que 54,7% tomaram remédios e os antidepressivos aparecem em primeiro lugar (28,4%). Entre os homens, esse tipo de medicamento foi usado em 22,5% dos casos.

Segundo o levantamento, no geral, elas cumprem mais horas extras. Entre as entrevistadas, 33,8% afirmam trabalhar além da jornada com frequência. O índice verificado entre os homens é um pouco menor, de 28,7%.

Outro dado que merece destaque é a relação com a chefia, muito bem avaliada, independentemente de unidade, região ou sexo. A convivência com a chefia é considerada boa ou ótima por 87,1% das mulheres e 86,1% dos homens. Aqui um fato. Se a relação com o superior é boa, então a política de trabalho imposta pela empresa, de metas e ameaças de descomissionamento, é que está equivocada e ajudando o trabalhador a adoecer, e todos sentem os reflexos. Não importa a posição hierárquica. Tanto que quando perguntados sobre a pressão excessiva por metas, 30,6% das mulheres relataram passar pelo problema várias vezes. Entre os homens, o índice cai para 25,1%.

Embora a questão seja grave, a Caixa negligencia. De acordo com a pesquisa, o banco emitiu CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) para licenças por problemas mentais em apenas 13,6% dos casos. Por gênero, a pesquisa mostra que entre os homens o índice de emissão é maior, 18,1%, contra 9,6% entre as mulheres. Ou seja, embora adoeçam mais, elas se afastam menos.

Redação AGECEF/BA

 

 

 

 

 

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