Comando considera proposta insuficiente

A oitava negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) terminou com impasse, na noite desta terça-feira (21/08). A rodada continua nesta quinta-feira (23/08), a partir das 10h, em São Paulo. A proposta obteve avanços, mas também retira direitos. Por isso, foi considerada baixa e insuficiente pelos bancários.

Para o reajuste salarial, os bancos ofereceram reposição da inflação medida pelo INPC e estimada em 3,82%, mais aumento real de 0,5%. O índice seria aplicado às demais verbas, como PLR, vales alimentação e refeição. A primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados seria paga no dia 20 de setembro.

O impasse, no entanto, se dá na retirada do benefício das bancárias em licença maternidade e dos empregados afastados por problemas de saúde. Um ponto considerado discriminatório pelo Comando Nacional.

Outro item sem acordo é a contratação de funcionários não bancários, o que na prática, oficializa a terceirização no setor. Vale lembrar que esses trabalhadores perdem os direitos assegurados pela CCT. Para completar, os bancos ameaçaram a categoria com dissídio no TST (Tribunal Superior do Trabalho).

A Fenaban também propõe o adiantamento das férias dividido em três vezes e a extensão da Convenção Coletiva de Trabalho que, assim como em 2016, teria validade de dois anos (até 2020). Em 2019, seriam aplicados os mesmos moldes do que for acordado neste ano.

Na avaliação do Comando Nacional, a proposta pode e deve melhorar, afinal os bancos formam o setor que mais lucra na economia nacional. No primeiro semestre deste ano, o resultado das cinco principais instituições financeiras do país passou dos R$ 40 bilhões. A Caixa, sozinha, obteve lucro de R$ 6,6 bilhões. Um recorde para o período.

Com a negociação sem acordo, a rodada entre a Caixa e a Comissão Executiva dos Empregados ficou para esta quarta-feira (22/08). O Comando Nacional dos Bancários orienta a ampliação da mobilização para garantir uma proposta mais justa, possível de ser apreciada e aceita pela categoria nas assembleias.

Redação AGECEF/BA