Bancários participam do Dia do Basta

Bancários de todo o país participaram, nesta sexta-feira (10/08), de manifestações, em muitos casos retardando a abertura das agências. A intenção é chamar a atenção para a atual conjuntura nacional e as perdas que os brasileiros têm com as medidas do governo de Michel Temer.

A reforma trabalhista é um exemplo. A nova lei, em vigor desde novembro do ano passado, excluiu mais de 100 artigos da antiga CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), tirando direitos dos trabalhadores. Também criou regras que dificultam o acesso à Justiça do Trabalho e desobrigam as empresas a cumprirem os acordos coletivos.

Paralelamente, as empresas públicas estão sendo desmontadas, por meio das chamadas reestruturações. Na Caixa, o quadro de pessoal caiu muito, depois de sucessivos planos de aposentadoria. Agências estão sendo fechadas e setores foram extintos.

Benefícios dos empregados também estão na mira, como o Saúde Caixa, fundamental para o bem estar do cidadão. As novas regras, consequências da resolução da CGPAR e das mudanças no estatuto do banco, impõem um limite correspondente a 6,5% da folha de pagamento para a participação do banco nas despesas assistenciais, à revelia do que prevê o acordo coletivo de trabalho.

Isso significa que, se as alterações forem mesmo implementadas, o plano de saúde vai ficar mais caro e inacessível, principalmente aos aposentados. Importante destacar que desde 2004, pelo atual modelo, o banco paga 70% das despesas assistenciais e os usuários 30%.

Os problemas não param por aí. O desemprego cresceu e atinge mais de 13 milhões de pessoas, o custo de vida tem elevado consideravelmente, a violência aumentou, agrotóxicos liberados na produção de alimentos - um risco à saúde - e muito mais. Por isso, as atividades desta sexta-feira (10/08), são uma forma de denunciar à sociedade e ampliar a unidade nacional.

Redação AGECEF/BA

 

     

           

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