Governo tem dificuldade em votar a reforma da Previdência

Em meio a tantas notícias ruins, enfim uma boa. Mesmo com as investidas do presidente Michel Temer, que anunciou ter mais de R$ 30 bilhões para votar a reforma da Previdência, de fato, há poucas chances de a proposta ser apreciada pela Câmara Federal em fevereiro.

A análise, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), revela ainda que a forte rejeição dos brasileiros, as manifestações de rua ocorridas no ano passado e as eleições de outubro estão entre os fatores que tornam quase certo mais um adiamento.

A aprovação da reforma trabalhista, as alterações nas regras do pré-sal e o corte de investimentos na saúde e educação, segundo o DIAP, também têm grande peso na resistência dos parlamentares. A informação é de que com as medidas, a impopularidade de deputados e senadores da base aliada ao governo aumentou. Agora, com a proximidade da eleição, muitos têm receio de ampliar o desgaste perante o eleitorado.

Enquanto o governo tenta convencer os parlamentares, inclusive com chantagens, e investe pesado em campanhas publicitárias para ganhar o apoio da opinião pública, atenta de que se passar a reforma da Previdência vai impedir a aposentadoria de milhões de brasileiros, as centrais sindicais se organizam para realizar um Dia Nacional de Protestos em Defesa da Aposentadoria. A data mais provável é 19 de fevereiro.

Redação AGECEF/BA