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Aumenta a ofensiva contra as estatais

As estatais estão cotadas à privatização pelo governo de Michel Temer, sobretudo as mais rentáveis. A lista inclui a Caixa e a grande imprensa vem dando o recado. Matéria divulgada pela Folha neste domingo (14/01) sinaliza que a venda de 168 empresas públicas e 109 subsidiárias poderia render entre R$ 400 bilhões e R$ 500 bilhões para a União.

O valor, segundo aponta a reportagem, pode cobrir quase três vezes o déficit primário do setor público. A alegação é a mesma usada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, na década de 1990. Mas, como todos sabem. Vender as estatais não é a solução para acabar com os problemas nas contas públicas do Brasil. Pelo contrário.

As empresas são essenciais para o desenvolvimento do país. Mas, pela lógica neoliberal quanto menor o tamanho do Estado, melhor. Desta forma, políticas públicas de combate a desigualdade são inviabilizadas, pois, sem as estatais não há como a União implementar programas de inclusão social.

A Caixa, o Banco do Brasil, o BNDES, o BNB, por exemplo, são essenciais para o país e nos últimos anos tiveram papel fundamental na execução de projetos de combate a desigualdade. A Caixa é responsável pelo Bolsa Família, atendendo a um nicho de mercado que certamente não interessa aos bancos privados.

No entanto, é justamente o setor financeiro público que o grande capital mira primeiro. De acordo com a reportagem, dos R$ 421 bilhões de potencial identificado, 47% viria dos bancos públicos. A Caixa é a primeira da lista, seguida pelo BB. A privatização das duas empresas poderia render até R$ 117 bilhões à União. Dinheiro que, segundo a matéria, cobriria rombo nas contas. Mas, a história mostra que vender as estatais não resolve. Tanto que as maiores economias do mundo, como os Estados Unidos, têm uma política forte de proteção as empresas públicas.

Redação AGECEF/BA

 

 

     

           

     

     
 
 
 

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