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Doenças na categoria bancária preocupam

O número de bancários afastados do trabalho em decorrência de assédio moral assusta. É difícil manter-se bem com o alto índice de exigência para obter resultados sempre melhores e as ameaças constantes de demissão e outras retaliações, como a perda da função nos bancos públicos.

O relatório sobre o retrato do adoecimento no setor bancário, feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em parceria com outras entidades, e apresentado nesta sexta-feira (27/10), em audiência pública, revela um cenário alarmante. Se antes, os trabalhadores eram afastados em decorrência das LER/Dorts, hoje é o assédio o principal motivo. Uma realidade perversa e pouco conhecida pela sociedade em geral.

O setor bancário é o mais lucrativo da economia nacional. Mesmo com a crise econômica atual seguem batendo recorde de lucratividade. No ano passado, foram mais de R$ 60 bilhões em lucros. Mas, nas agências, o cenário é de negligência. O levantamento do MPT mostra que o INSS destinou cerca de R$ 70 bilhões para os trabalhadores lesionados. Mas, não é a verba que preocupa. Faltam nos bancos políticas preventivas, que evitem o aparecimento de doenças ocupacionais, sejam físicas ou psicológicas.

Os dados do MPT revelam ainda que entre 2012 e 2014 foram feitas 65 denúncias de assédio no Ministério Público do Trabalho. Um número que certamente não condiz com a realidade, já que muitos trabalhadores têm medo de denunciar. Outra parte da pesquisa mostra que o INSS concedeu 900 benefícios a bancários em 2015, seja por acidente de trabalho ou por adoecimento, bem maior do que os 100 registrados em 2010.

Os frequentes ataques a bancos também merecem atenção. Sem muito investimento por parte das instituições financeiras, os bancários ficam expostos às ações violentas das quadrilhas especializadas. Para se ter ideia, neste ano foram 67 ocorrências. Em muitos casos, os trabalhadores ainda são demitidos tempos depois dos assaltos. De acordo com o Sindicato dos Bancários da Bahia, em média, são realizados 20 atendimentos por dia a trabalhadores com problemas de saúde. Realidade pode mudar. Basta os bancos darem atenção à vida do bancário.

Redação AGECEF/BA

 

 

     

           

     

     
 
 
 

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