Caixa ameaçada de ter capital aberto

A informação não é nova, mas estava adormecida. O governo Temer volta a discutir a abertura de capital da Caixa. As medidas já estão sendo tomadas e a primeira é aprovar um novo estatuto para o banco. Para isso, a direção da empresa e os ministérios da Fazenda e do Planejamento estão em articulação. Pelo menos é o que diz matéria publicada pelo site da Revista Época.

A notícia pegou todos de surpresa. A Caixa é responsável por diversos programas de inclusão social. Fundamental para o desenvolvimento do país. Também é superavitária. Tem obtido resultados excelentes. O último balanço, divulgado nesta semana, confirma. No primeiro semestre deste ano, o lucro líquido foi de R$ 4,1 bilhões, crescimento de 70% ante o mesmo período de 2016, um recorde.

A carteira de crédito alcançou saldo de R$ 715,9 bilhões, avanço de 3,5% em 12 meses. O crédito habitacional da Caixa atingiu o saldo de R$ 421,4 bilhões. As aposentadorias e pensões aos beneficiários do INSS totalizaram 65,4 milhões, somando R$ 81,5 bilhões no ano passado. A arrecadação do FGTS atingiu R$ 119,1 bilhões e os saques, R$ 106,6 bilhões.

Os números mostram que a empresa está muito bem. Portanto, não tem porque abrir o capital. Tem mais, todo país precisa de banco público, para sair dos momentos de crises, como a de 2008, quando a Caixa e o BB foram fundamentais para o Brasil sentir pouco os reflexos da crise na economia mundial. Para piorar, a direção do banco esconde o assunto. Procurada pela Comissão Executiva dos Empregados, não respondeu.

Redação AGECEF/BA