CONECEF defende Caixa 100% pública

A Caixa está sob forte ameaça. A política da atual gestão prejudica toda a sociedade brasileira. Aos empregados, impõe perdas, eleva a sobrecarga, deteriora o ambiente de trabalho. À população, oferece um serviço sem qualidade e dificulta o acesso aos serviços.

Para fortalecer a luta em defesa do banco 100% público, empregados de todo o país participaram, até domingo (02/07), em São Paulo, do 33º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (CONECEF). A AGECEF-BA (Associação dos Gestores da Caixa) marcou presença com o vice presidente Luciano Talavera e o diretor Antônio Messias. Ao todo, foram 316 delegados.

O tema deste ano foi "Resistência e Luta! Em defesa da Caixa e por Nenhum Direito a Menos". Os bancários reafirmaram a disposição em manter a unidade para que o banco se fortaleça e continue atuando como grande responsável por políticas públicas, fundamentais para o desenvolvimento do país e a redução das desigualdades sociais.

O atual cenário nacional também teve destaque. O momento é de retrocessos para os brasileiros. As propostas do governo de Michel Temer, em tramitação no Congresso Nacional, impõem perdas históricas. A reforma da Previdência praticamente inviabiliza a aposentadoria. Já a trabalhista mexe, para pior, em mais de 100 pontos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Os escândalos que envolvem o presidente Michel Temer (PMDB), acusado de corrupção passiva, são outros problemas. A solução apontada pelos empregados da Caixa que estiveram no CONECEF é a ampliação das manifestações pela saída de Temer e por eleições diretas.

Outras resoluções

Durante o CONECEF, foram definidas ainda as reivindicações que serão tratadas com a direção da Caixa nas mesas de negociações permanentes, já que este ano não tem campanha salarial. A lista é grande, assim como os problemas.

Melhores condições de trabalho, retomada das contratações do aprovados em concurso público, o fim do processo de reestruturação e da verticalização, assim como o combate ao assédio moral estão entre os assuntos a serem discutidos com a empresa.

As demandas incluem ainda política de prevenção a doenças do trabalho, realização de uma campanha permanente pela jornada de trabalho, manutenção do atual modelo de custeio do Saúde Caixa sem a inclusão de teto de contribuição do banco, defesa da democratização da FUNCEF, com a cobrança da responsabilidade da Caixa com o contencioso judicial, e o fim dos descomissionamentos arbitrários.

Redação AGECEF/BA