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Empregados cobram responsabilidade da Caixa

A Caixa tem de ter compromisso com os empregados e o país. Para isso, deve mudar a política atual e oferecer condições adequadas de trabalho e de atendimento, além de tratamento justo aos bancários, sem assédio moral, cobrança abusiva de metas e instalação de programas que acabam servindo para retaliar os trabalhadores.

A cobrança foi feita pela Comissão Executiva dos Empregados em reunião com a direção da empresa, nesta quinta-feira (25/05). Simples ações podem mudar a atual realidade nas agências. Uma das soluções é retomar a convocação dos aprovados em concurso público, para repor as vagas abertas pelos bancários que aderiram aos planos de aposentadoria voluntária. Somente no PDVE deste ano, cerca de 5 mil deixaram o banco.

Durante o debate, os empregados lembraram ainda da importância em manter a Caixa 100% pública para alavancar o crescimento do país e ajudar na execução dos programas de inclusão social, que ajudaram a melhorar a vida de milhões de pessoas nos últimos anos.

Sobre a reestruturação, que prevê o fechamento de agências e retirada de funções, a direção do banco argumentou que as mudanças, iniciadas em 2016, se resumem hoje a adequações de algumas filiais. Os detalhes a respeito de todo o processo ficou de ser passados à CEE posteriormente.

Outro assunto muito discutido foi a verticalização nas agências. Os empregados

destacaram os estragos provocados pelo processo, que abre mão de um nicho positivo e adota um outro.

Com a verticalização, por exemplo, e para manter suas funções, o gerente Pessoa Jurídica terá que ter uma carteira de pelo menos 300 contas qualificadas, cabendo ainda ao gerente Pessoa Física carteira com 900 contas qualificadas. A dinâmica tem a meta de estimular contas com clientes de alta renda, o que contraria o caráter social do banco.

A situação da FUNCEF mereceu uma atenção especial na mesa permanente. Destaque para a questão do contencioso, incorporação do REB pelo Novo Plano e a falta de pagamento aos aposentados. Segundo a CEE, o passivo judicial decorrente das causas trabalhistas contra a Caixa é hoje um dos principais fatores para o déficit na Fundação. A informação é de que existem cerca de 16 mil ações em tramitação na Justiça para revisar benefícios dos participantes, situação que forçou a Funcef a provisionar R$ 2,4 bilhões em 2016.

A implantação de um login único no Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), os processos seletivos internos, feitos sem negociação, e a reversão do dia descontado no salário dos empregados, relativo à greve geral do dia 28 de abril, contra as reformas trabalhista e da Previdência, promovidas pelo governo Temer, também foram debatidas.

Redação AGECEF/BA

 

 

     

           

     

     
 
 
 

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