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Bancos cortam 7.092 vagas. Caixa é o que mais elimina empregos

Pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgada nesta segunda-feira (24/04), revela que os bancos cortaram 7.092 postos de trabalho no primeiro trimestre deste ano. O número é 289% maior do que o registrado no mesmo período de 2016.
A Caixa foi a instituição financeira que mais eliminou vagas, 3.626 no total. A redução brusca se deve ao programa de demissão voluntária extraordinária (PDVE), anunciado no início do ano e que teve a adesão de mais de 4 mil empregados.
O plano implantado pela atual gestão inclui o fechamento de agências em todo o país, o que diminui a importância do banco. Outras medidas também mexem com a rotina dos empregados, que ficam mais sobrecarregados e expostos à política da direção da empresa.
A pesquisa do Dieese, feita com base nos dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), aponta ainda os estados que mais extinguiram postos de trabalho do trimestre encerrado em março.
São Paulo aparece no topo da lista, com o fechamento de 2.126 vagas no período. Completam os três primeiros, Paraná (menos 976) e Rio de Janeiro (menos 768). A Bahia também tem saldo negativo, com o corte de 248 postos de trabalho de janeiro a março deste ano.
Do total de desligamentos, 48% foram sem justa causa. Devido ao PDVE da Caixa, quase metade (46%) foi a pedido do bancário. As dispensas se concentram entre 50 e 64 anos, saldo negativo de 5.054 empregos no período. O levantamento revela que 51,9% estavam no banco há mais de 10 anos.
O documento tem ainda análises sobre os salários por gênero e as mulheres seguem com salário rebaixado. A remuneração média dos homens na admissão foi de R$ 5.241,35. Já a da mulher não passou dos R$ 3.384,31. A diferença persiste na saída, R$ 8.414,62 deles contra R$ 6.784,94 delas.
Redação AGECEF/BA
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