Notícias

Caixa abre PDVE

A Caixa abriu o Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE) nesta terça-feira (07/02). O prazo de adesão segue até o dia 20 de fevereiro. O desligamento acontece entre 14 de fevereiro e 08 de março.

Podem participar, os aposentados pelo INSS, os aptos a se aposentarem até 30 de junho de 2017, os empregados com, no mínimo, 15 anos de efetivo exercício de trabalho no banco ou com adicional de incorporação de função de confiança até a data de desligamento, independente do tempo de serviço.

Embora muitos empregados se enquadrem nos requisitos, vale pensar muito e, na dúvida, não se demitir. É fundamental se organizar para se desligar definitivamente do trabalho. A programação vai além do financeiro. É preciso estar muito bem preparado psicologicamente.

Portanto, o momento é de cautela, afinal o PDVE só é bom para quem realmente está certo do que quer. Aqueles que se enquadram nos requisitos, mas que ainda não estão seguros, não devem aderir ao programa por pressão da direção da Caixa, por desilusão com os rumos que foi dado à empresa pelos atuais dirigentes.

Muitos veem como ameaça as declarações do presidente do banco, Gilberto Occhi, que anunciou publicamente esperar a adesão de 10 mil empregados. Mas, não dá para cair na armadilha e tomar decisão precipitada.

Na avaliação da AGECEF-BA, existem vários grupos de empregados que estão sujeitos a aderir ao PDVE: aqueles que estão aposentados pelo INSS, com sua vida financeira e pessoal organizadas e esperava um incremento nas condições normais dos últimos PAA. Para estes, muitos motivos para comemorar. Do outro lado outros tantos que, embora com o requisito da aposentadoria cumprido, ainda não estão plenamente preparados para a vida após a Caixa, ou seja, não estão seguros de que encontrarão atividades que preencham a lacuna deixada pelas longas jornadas de trabalho e a relação com as pessoas do mundo corporativo. Para estes, recomenda-se cautela e uma análise mais aprofundada da situação individual, visto que é possível sair e substituir esses espaços e ainda manter a boa relação com os bons colegas e os colegas que viraram verdadeiros amigos.

Há ainda uma terceira possibilidade de aderentes: aí estão incluídos os aposentados, aposentáveis e demissionários sem direito à aposentadoria até 06/2017. São aqueles que estão completamente desiludidos com a empresa e não se adaptam facilmente à forma de gestão ora em prática. Muito menos com os ataques sofridos pela instituição, diariamente, visando privatizá-la. Também gostariam de espaços mais transparentes e democráticos para trabalhar, além de verem seus esforços voltados para o cumprimento do efetivo papel da Caixa, a sua vocação de banco social. Para este último grupo, lembramos que na história recente da empresa tivemos várias ameaças idênticas, mas que foram superadas com muita participação e luta. Portanto, a atitude de uma tomada de decisão precipitada não é recomendável, dado o risco de arrependimento. O mundo muda, o Brasil mudará e a Caixa há de subsistir por muitos anos. Por fim, lamentamos a decisão da Caixa em não contratar os concursados para a reposição das vagas que surgirão. Uma afronta aos milhões de clientes, aos empregados que ficarão e, sobretudo, à decisão da Justiça do Trabalho. A situação nas agências vai piorar ainda mais com o PDVE. A ideia é enxugar o quanto puder, tornando o dia a dia de trabalho dos empregados um caos total. E os clientes e a sociedade amargarão nas mãos dos bancos privados. Eis o plano.

Redação AGECEF/BA

 

 

     

           

     

     
 
 
 

Fortaleça sua entidade, associe-se. Os Gestores associados AGECEF/BA recebem diversos benefícios, que podem ser verificados aqui no site e/ou contactando a AGECEF/BA por telefone.