Artigo

Manifesto

De Willian Louzada

Caros Amigos,

Passada a nossa campanha salarial, com o fim da greve na Caixa, gostaria de chamar a atenção de todos os empregados da Caixa para o fato mais relevante que está na agenda de todos os brasileiros: a eleição presidencial.

Essa eleição nos afeta de forma profunda, pois os projetos que estão colocados pelos dois candidatos colocam de forma clara qual vai ser o papel dos bancos públicos e qual vai ser a relação de trabalho do governo com os empregados desses bancos, em cada um dos projetos.

Acredito ser nossa obrigação discutir esses projetos e como seremos afetados em cada caso. No jornal Folha de São Paulo do dia 09/10/2014, o articulista do jornal, o americano Kenneth Maxwell, coloca claramente o projeto do Senhor Armínio Fraga, futuro ministro da Fazenda num eventual governo Aécio Neves: "À frente do Banco Central, Fraga receberia crédito por adotar uma taxa de câmbio flutuante e o modelo de metas inflacionárias. Ele fundou a Gávea Investimentos, companhia de administração de ativos adquirida em 2010 pela Highbridge Capital Management, de Nova York, subsidiária do banco JP Morgan. Seu plano de política econômica ficou claro em entrevista ao "Wall Street Journal", em 2013, em que criticou a manipulação dos preços da energia e dos combustíveis, advogou retorno à ortodoxia econômica, liberalização do investimento em infraestrutura, reforma da Petrobras e a redução do papel dos bancos do governo."

Essa redução do papel dos bancos do governo pode e deve significar redução de empregos (RH 008), fechamentos de agências (redução de funções), e até mesmo privatização dos bancos públicos.

Temos na memória dos empregados que foram admitidos na Caixa até o ano de 2002, nos tempos em que o país era governado pelo PSDB, como era nossa relação de trabalho com a empresa: 8 anos sem reajuste salarial; arrocho salarial dos empregados, pensionistas e aposentados; assédio moral sem precedentes; falta total de condições de trabalho; terceirização de todos os serviços; criação da discriminação na Caixa com novo PCS para os admitidos pós 98, sem qualquer direito trabalhista. Vou colocar um etc aqui, pois senão teríamos um texto excessivamente longo para leitura dos amigos.

Mas quero colocar que o pior dos assédios foi o RH 008, cuja cópia faço questão de anexar na mensagem para leitura e avaliação de todos, que demitiu sem justa causa centenas de colegas, as vezes apenas por divergir do gestor ou contrariar os poderosos.

Então, quero chamar a atenção para todos os empregados da Caixa, principalmente os mais novos que não viveram o caos FHC, os perigos que estamos correndo com essa eleição. Podemos voltar a uma era de trevas, onde não lutávamos mais por ganho real de salário, melhores condições de trabalho, entre outras lutas que travamos agora; mas sim por manter a Caixa uma empresa pública e manter os nossos empregos.

Temos nos últimos anos diversas divergências com a direção da Caixa nos governos do PT, porém a relação é infinitamente mais qualificada, comparada a época FHC. Tivemos ganho real em todos os anos sem exceção, pudemos avançar em relação a paridade na FUNCEF, novo PCS, Plano de Saúde, etc..

Gostaria de finalizar, respeitando evidentemente todas as opiniões divergentes, com um pedido de voto e trabalho para eleger DILMA PRESIDENTE. Mesmo reconhecendo as falhas dos governos do PT, acreditamos que, por tudo que o Brasil avançou, por uma Caixa cada vez mais forte e democrática, pelos projetos apresentados pelos candidatos, o voto em DILMA é o melhor para nosso País.


Saudações economiárias,
Willian Louzada
Peço a gentileza de repassar aos colegas.

 

 

     

           
     

     
 
 

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